As associações empresariais de Ciudad Del Este estão inconformadas com a atual situação do comércio na cidade, e recorreram ao Governo do estado para este auxiliar nas medidas que devem ser tomadas para impedir que a cota de compras seja reduzida e acabe gerando um abalo econômico no microcentro. O Governo do Paraguai irá trabalhar nos problemas que a cidade possui, solucionando-os um a um, para depois procurar entrar em um consenso com as autoridades brasileiras e debater a respeito da lei imposta que irá reduzir a cota de compras isenta de impostos de US$ 300 para US$ 150, prevista para entrar em vigor em julho deste ano.
Mohamah Manah, presidente da Câmara de Comércio e Serviços disse que se encontra bastante confiante com a promessa do presidente Horácio Cartes, já que este foi informado de que se a redução da cota acontecer, CDE deixará de ser atrativa. “Um brasileiro que vem de São Paulo gasta muito durante o seu trajeto para chegar a cidade, e não virá até aqui se tiver direito a somente 150 dólares em compras”, explicou. Neste sentido, Manah insiste na necessidade de aumentar o investimento público nesta região, para que esta se torne um exemplo da República do Paraguai.
Chariff Hammoud, presidente do Centro de Importadores e Comerciantes do Alto Paraná (CICAP), afirmou que a iniciativa do Governo ajudará a levantar a cidade. “O presidente nos escutou, e sabemos que os problemas na cidade e em seu sistema são essenciais e devem ser resolvidos, e acreditamos que isso terá uma solução, mas também depende de todo o apoio que governo possa oferecer”, afirmou.
Ciudad Del Este abriga centenas de lojas que oferecem produtos de qualidade e procedência
As autoridades governamentais do Paraguai afirmaram que farão o possível para convencer os representantes brasileiros a não reduzir a cota, pois se tal medida for tomada, os dois lados perdem. O comércio perderá clientela, muitas lojas acabarão sendo fechadas e o povo brasileiro terá de se contentar com os preços dos produtos no Brasil, que acumulam altas taxas tributárias. Sem mencionar que a prática do contrabando acabará se tornando muito mais comum, e serão muitos os casos de violação da fiscalização e das normativas impostas. Agora é aguardar, e torcer para que nenhuma redução na cota de compras aconteça.