Como muitos estão sabendo e comentando, dia 18 de maio começou uma mega operação nas fronteiras do Brasil mobilizando cerca de 25.000 militares das Forças Armadas e os órgãos federais, estaduais e os municipais. Essa operação foi determinada pela presidente Dilma com o objetivo de garantir a segurança nacional à véspera da Copa das Confederações e da visita do Papa Francisco, que vai participar da Jornada Mundial da Juventude que acontecerá em julho. Além de combater o narcotráfico, o tráfico de armas e munições, crimes ambientais, o contrabando e descaminho e a imigração ilegal. A operação também presta assistência médica às comunidades carentes.
O comando da operação Ágata VII divulgou os resultados dos primeiros cinco dias de operação. Foram verificados 42.200 veículos e 2.778 embarcações. A mesma fonte revela que foram apreendidos 70 quilos de maconha, 18 quilos de cocaína, 3 quilos de pasta base de cocaína e 800 caixas de cigarros falsificados. Desde a última quarta-feira (22), as patrulhas foram estendidas para as águas do Rio Paraná, com o claro objetivo de interromper a atividade dos já “famosos” portos clandestinos instalados em ambos os lados, que se opõem pelas autoridades brasileiras.
Michel Temer, vice-presidente do Brasil, esteve em Foz do Iguaçu semana passada acompanhado do ministro da Justiça José Eduardo Cardoso para fiscalizar a operação lá e também comentou o fechamento da Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu a Ciudad del Este, no país vizinho, por manifestantes paraguaios, na manhã da segunda-feira dia 27 , em protesto contra a operação. Ele negou que a ação traga prejuízos ao comércio da região, rebateu dizendo que “Traz prejuízo ao contrabando”. O ministro complementou dizendo que o êxito da operação, um pouco mais de uma semana depois de seu início “é indiscutível” e que “Se você comparar a operação de junho de 2011 com a de agora, nós quadruplicamos a apreensão de drogas”. E que provavelmente essa operação Ágata e a Sentinela deverão ocorrer mais vezes em decorrência do êxito que tem tido.
Esse discurso do vice presidente não foi recebido nada bem pelos trabalhadores da região da fronteira. Afinal, ele acabou generalizando como se só houvessem pessoas que fazem contrabando e esqueceu que existe todo um comércio legal que é prejudicado nestas operações.
Segundo o ministro da defesa, Celso Amorin, a operação deve encerrar dia cinco de junho.
A situação do comércio no Paraguai
Em contrapartida, essa operação fez diminuir o movimento em Ciudad Del Este e as associações empresariais e a Câmara do Comércio estão se mobilizando junto à prefeitura da cidade paraguaia para tentar buscar uma solução para essa queda brusca no movimento junto ao presidente paraguaio, afirmando que esta queda no movimento afeta não só a fronteira mas todo o Paraguai. Foi realizada uma reunião com o objetivo de estabelecer um plano de 30 dias para reestruturar a segurança na cidade organizando o tráfego, a vida social dentro da cidade e o controle pela Polícia Municipal, fomentanto assim o comércio local.
Protestos na fronteira
As organizações dos “paseros”, pessoas que transportam frutas, legumes e alimentos do Brasil para o Paraguai, organizaram protesto na Ponte da Amizade na segunda-feira dia 27 de maio, por causa do rigor do aumento da fiscalização dos produtos estrangeiros que entram no país, desde o anúncio pelo presidente Paraguaio Frederico Franco para dar importância aos produtos nacionais e, também, para pedir aumento da cota de isenção de imposto das hortaliças de U$150,00 para U$1.000,00. Eles bloquearam o trânsito e liberavam a cada dez minutos, mas isso fez com que se formasse quilômetros de filas de congestionamentos em ambos os lados da Ponte, porque os brasileiros também resolveram protestar. No outro lado da ponte, o brasileiro, mototaxistas e taxistas protestaram pelo rigor das operações nas fronteiras, o que fez com que diminuísse o movimento de turistas e prejudicasse o comércio em Foz do Iguaçu.
fontes:
defesa do Brasil