Não é novidade que o governo quer reduzir o valor da cota para compras no Paraguai. Desde 2014, a redução da cota de compras de US$300 para US$150 (dólares americanos) para quem retorna ao Brasil por terra ou pela água, já é notícia. Mais uma vez os empresários paraguaios se unem contra a redução da cota: estão formulando um projeto pedindo apoio ao governo para tentar a manutenção ou aumento da cota. Caso não haja acordo com o governo brasileiro, a nova cota de isenção de impostos será cortada pela metade a partir de julho de 2016.
Mas afinal, por que reduzir a cota?
Em 2012 o governo anunciou a implantação de lojas francas (Duty Free Shop) no Brasil. A ideia era que a cota menor de compra do outro lado da fronteira (US$150) fosse um incentivo para aumentar as vendas dos free shops que seriam instalados no Brasil. Além do mais, haveria um limite adicional de US$300 criado para compras nas lojas do mesmo tipo, situadas no lado brasileiro. Mas o fato é que a construção destas lojas francas ainda não aconteceram.
A implantação do comércio do lado brasileiro enfrentou uma série de atrasos, entre eles, regulamentações municipais para estas lojas serem abertas. Em resumo, os free shops brasileiros não saíram ainda por burocracia.
Futuro das compras no Paraguai…
Nos anos anteriores, manifestações de comerciantes e associações paraguaias aconteceram para que esta diminuição da cota não ocorresse. Ano passado, autoridades e empresários das cidades de fronteira se uniram para protestar contra a decisão a fim de manter a cota em U$S 300 e obtiveram sucesso na prorrogação da decisão.
Atualmente, o dólar alto fez a procura por compras diminuir e, com a redução da cota, a procura poderá ser ainda menor. Esperamos que este ano as autoridades cheguem a um acordo que seja benéfico para todos os setores das cidades envolvidas.
Estamos na torcida!
Fontes e Pesquisas:
A Gazeta do Iguaçu / Jornal Zero Hora / Site da Receita Federal do Brasil